Especialidades e Procedimentos
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Medicina intervencionista da dor
Os radiologistas intervencionistas desempenham um papel crucial no manejo da dor através de uma variedade de procedimentos minimamente invasivos, que são guiados por imagem e visam tratar diferentes condições dolorosas. Esses procedimentos são particularmente valiosos em contextos onde o tratamento convencional com analgésicos, incluindo opioides, é ineficaz ou mal tolerado, ou quando se busca minimizar o uso de opioides devido ao risco de dependência.
Entre as técnicas utilizadas, destacam-se os bloqueios nervosos e a neuroólise, que são direcionados a nervos específicos para proporcionar alívio significativo da dor. Esses procedimentos requerem um conhecimento detalhado da anatomia regional e uma técnica precisa para a administração de anestésicos locais, agentes neuroolíticos e corticosteroides.
No manejo da dor oncológica, os radiologistas intervencionistas utilizam técnicas como a ablação tumoral, a vertebroplastia e a embolização para aliviar a dor associada a metástases ósseas e outras complicações do câncer. Essas intervenções não apenas melhoram o controle da dor, mas também reduzem a necessidade de analgésicos, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
A prática de radiologia intervencionista em dor também se estende ao manejo de condições benignas, como a osteoartrite, onde técnicas emergentes como a embolização arterial e a ablação estão sendo exploradas. A capacidade de personalizar o tratamento para as necessidades específicas de cada paciente é uma vantagem significativa dessas abordagens.
Em resumo, os radiologistas intervencionistas oferecem soluções inovadoras e eficazes para o manejo da dor, contribuindo para a redução do uso de opioides e melhorando os resultados clínicos em uma variedade de condições dolorosas.
1. Diagnóstico da Dor
- Imagens diagnósticas:
- Utilização de métodos como tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e ultrassonografia para identificar a causa da dor.
- Exemplos:
- Diagnóstico de hérnias de disco.
- Identificação de fraturas vertebrais por osteoporose.
- Avaliação de tumores ou compressões nervosas.
- Bloqueios anestésicos diagnósticos:
- Injeção de anestésico local em estruturas suspeitas para confirmar a origem da dor (ex.: articulação facetária, nervos periféricos).
2. Tratamento Intervencionista
Os procedimentos realizados pelo radiologista intervencionista variam de acordo com a causa da dor. Abaixo estão os mais comuns:
Dor musculoesquelética e na coluna
- Bloqueios nervosos:
- Injeção de anestésicos e/ou esteroides para reduzir a inflamação e interromper a transmissão da dor.
- Exemplos:
- Bloqueio epidural.
- Bloqueio de raízes nervosas (radiculopatia).
- Bloqueio de nervos periféricos.
- Ablação por radiofrequência (RF):
- Destruição seletiva de nervos ou fibras responsáveis pela dor usando calor gerado por ondas de radiofrequência.
- Indicado para:
- Dor nas articulações facetárias da coluna.
- Dor sacroilíaca.
- Neuralgia pós-herpética.
- Cementoplastia (vertebroplastia/ cifoplastia):
- Injeção de cimento ósseo em vértebras fraturadas para alívio imediato da dor e estabilização.
- Utilizada em casos de:
- Fraturas vertebrais por osteoporose.
- Metástases ósseas.
Dor oncológica
- Bloqueios nervosos específicos:
- Exemplo: bloqueio do plexo celíaco para dor abdominal intensa causada por câncer pancreático.
- Ablativos:
- Ablação por radiofrequência (RF), crioterapia ou micro-ondas:
- Tratamento de tumores dolorosos que comprimem nervos ou tecidos adjacentes.
- Embolização de tumores:
- Redução do fluxo sanguíneo para tumores ósseos ou de tecidos moles hipervasculares, diminuindo a dor.
- Ablação por radiofrequência (RF), crioterapia ou micro-ondas:
- Radioterapia intra-arterial:
- Entrega de radionuclídeos para controle tumoral e alívio de sintomas.
Síndromes dolorosas específicas
- Neuralgia do trigêmeo:
- Ablação percutânea por radiofrequência ou glicerol guiada por imagem.
- Dor pós-cirúrgica ou neuropática:
- Bloqueios de nervos ou ganglios, como o bloqueio do ganglio estrelado ou do nervo esplâncnico.
- Síndrome de dor regional complexa (SDRC):
- Bloqueios simpáticos para reduzir a hiperatividade do sistema nervoso autônomo.
3. Terapias Avançadas
- Implante de sistemas de infusão:
- Inserção de bombas intratecais para liberação contínua de analgésicos ou anestésicos diretamente no espaço espinhal.
- Neuroestimulação:
- Implante de dispositivos para estimulação da medula espinhal (SCS) ou de nervos periféricos para modular a transmissão da dor.
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